Segurança do Paciente em Cirurgias de Emergência: protocolos do H.FOA reforçam boas práticas

cirurgias de emergência

A segurança do paciente é um dos pilares da assistência em saúde, especialmente em cenários de urgência e emergência, onde decisões precisam ser tomadas em tempo reduzido. No Hospital da Fundação Oswaldo Aranha (H.FOA), protocolos internacionais e práticas multidisciplinares são seguidos com rigor, garantindo que mesmo em situações críticas o cuidado ocorra com qualidade e responsabilidade. 

Segundo o cirurgião geral Guilherme da Silva Guimarães, o grande desafio em cirurgias de emergência está na rapidez exigida para conduzir cada etapa do atendimento. “O principal desafio está no tempo reduzido para tomada de decisões, o que exige uma equipe alinhada e uma comunicação eficiente entre esta equipe”, destacou.  

Ele lembra ainda que, ao contrário das cirurgias eletivas, o paciente em urgência muitas vezes não está em condições clínicas ideais e pode chegar sem exames prévios, o que reforça a necessidade de domínio dos protocolos de segurança. 

Checklist cirúrgico da OMS: garantia em três etapas 

Entre as práticas adotadas pelo H.FOA está o checklist de cirurgia segura da Organização Mundial da Saúde (OMS). O protocolo é aplicado em três momentos essenciais: antes da indução anestésica, antes da incisão cirúrgica e no encerramento do procedimento, antes de o paciente deixar a sala. 

De acordo com o Dr. Guilherme, a checagem envolve desde a confirmação de identidade e lateralidade até informações sobre jejum, alergias, uso de medicações profiláticas e destino do paciente após a cirurgia. “A equipe realiza checagem de dados essenciais em três etapas, garantindo que nenhuma informação relevante seja negligenciada”, explicou. 

O momento crítico: o “time out” 

Embora todas as etapas do checklist tenham grande importância, o médico destaca uma fase como decisiva: o chamado “time out”, realizado antes da incisão cirúrgica. “Ali é o último momento antes de se iniciar o procedimento e, se alguma dessas informações estiver equivocada, é a última oportunidade para corrigir. Depois não tem mais volta, é como a inspiração antes do mergulho, filosoficamente falando”, ressaltou o cirurgião. 

Orientações para novos profissionais 

Além dos protocolos formais, o especialista reforça a importância da postura e da preparação individual de cada profissional da saúde que atua em emergências cirúrgicas. Ele elenca quatro pontos essenciais para quem inicia na área: educação continuada, manter a calma, valorizar o briefing e debriefing das equipes – ferramentas importantes para otimizar a comunicação e a segurança nas equipes de saúde – e, acima de tudo, preservar a dignidade do paciente. 

Sobre a formação, o cirurgião enfatiza: “Mais do que qualquer outra ciência, em cirurgia o caminho para a excelência está na repetição. Estude e treine até que os protocolos se tornem hábitos.” Já em relação ao nervosismo natural de quem atua em situações críticas, ele orienta: “O foco tem que ser o paciente. Se não temos uma firme base de estudo e treino, fica muito mais difícil manter a calma.” 

Outro ponto considerado essencial é o debate em equipe antes e depois do procedimento. “O briefing e o debriefing aumentam a sintonia da equipe, otimizam o atendimento e permitem aprender com cada experiência”, afirmou. 

Por fim, Dr. Guilherme reforça que a técnica nunca deve se sobrepor à essência humana do cuidado. Citando uma frase do professor Dr. Augusto Paulino, ex-presidente da Academia Nacional de Medicina, ele lembra: “Na sala de operações o sentido de cooperação, de igualdade, respeito mútuo e disciplina atingem o extremo. A pessoa mais respeitada e pela qual todos se sacrificam mantém-se inerte e alheia aos acontecimentos que se desenrolam. Que exemplo sublime de solidariedade humana, de ética e de espírito hipocrático.” 

Com a aplicação rigorosa desses protocolos e o compromisso diário de suas equipes, o H.FOA reafirma seu papel como referência em segurança do paciente. Mais do que seguir normas internacionais, o hospital busca cultivar uma cultura de cuidado baseada em cooperação, ética e respeito, garantindo que cada procedimento cirúrgico, seja eletivo ou de emergência, seja conduzido com excelência e humanidade. 

 

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